O caso ThyssenKrupp teve início com a instalação da Companhia Siderúrgica ThyssenKrupp no Bairro Santa Cruz, na Baía de Sepetiba (Zona Oeste do Rio de Janeiro, Brasil). A ThyssenKrupp se tornou a maior central siderúrgica da América do Sul. Entretanto, operou no local sem as devidas licenças, poluindo as águas com arsênico e chumbo.
A atividade altamente poluidora prejudicou fortemente a saúde de moradores dos arredores, pescadores artesanais e suas famílias. Muitos que resistiram foram ameaçados e reprimidos, inclusive com mortes que ainda não foram esclarecidas. Este caso é um exemplo, sobretudo, do enfraquecimento das leis ambientais brasileiras.
A ThyssenKrupp é conhecida por ter elevado em 76% as emissões de CO2 no Rio de Janeiro, causando até mesmo o fenômeno climático chamado “chuva de prata”. A empresa já foi multada diversas vezes por órgãos ambientais e alvo de processos criminais movidos pelo Ministério Público.
Atualmente, mais de 300 moradores/as lutam por justiça, por meio de mais de ações judiciais movidas pela Defensoria Pública, e reparação por violações de direitos humanos. Um relatório produzido em 2017 pelo Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS) aponta que foram identificadas e ignoradas as inúmeras irregularidades do empreendimento desde as etapas iniciais de licenciamento ambiental.
A ThyssenKrupp, com sede nas cidades de Duisburg e Essen na Alemanha, iniciou as atividades no Brasil a partir da empresa Sür Elevadores, situada em Guaíba, no Rio Grande do Sul, que operava desde 1945. Em 1999, a Sür une-se ao grupo, tornando-se Thyssen Sür e, posteriormente em 2002 adotando o nome ThyssenKrupp em definitivo.
Em 2017, a subsidiária brasileira foi comprada pelo grupo alemão Ternium por 1,4 bilhão de euros, passando a se chamar Ternium Brasil.