Diversos métodos de sequestro de carbono são utilizados para mitigar as mudanças climáticas, cada um com sua própria tecnologia e desafios específicos.
O método de Captura e Armazenamento de Carbono envolve a separação e o armazenamento do dióxido de carbono (CO2) em formações geológicas subterrâneas, seja por meio da injeção do CO2 em cavidades rochosas ou por mecanismos químicos que o ligam a outras substâncias no solo. Isso requer tecnologia avançada e infraestrutura específica para o armazenamento subterrâneo seguro.
A Captura Direta de Ar utiliza plantas de alta tecnologia para remover o CO2 diretamente da atmosfera, a, enfrentando altos custos energéticos e financeiros.
Moléculas Projetadas atuam como filtros para capturar seletivamente o CO2 do ar, porém ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento e aplicação prática.
Soluções complexas enfrentam incertezas, exigindo mais pesquisa e investimento para implementação eficaz. No entanto, é crucial priorizar a segurança social e ambiental, independentemente da metodologia escolhida.
Métodos naturais de sequestro de carbono, tanto terrestres quanto oceânicos, absorvem cerca de 60% das emissões de carbono, mas sua capacidade é insuficiente para compensar as emissões antropogênicas projetadas de CO2.
Cerca de 30% das emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis são absorvidas pela camada superior do oceano. No entanto, prevê-se que até 2100, o aumento do CO2 causará acidificação oceânica, prejudicando os ecossistemas marinhos.
O solo armazena carbono na forma de carbonatos, compostos inorgânicos de longo prazo, e pesquisas estão em andamento para aumentar sua formação e melhorar as capacidades de sequestro de carbono.
Áreas úmidas e lagoas também são significativos sumidouros de carbono devido à redução da decomposição em solos encharcados, mas a poluição prejudica a saúde dos ecossistemas, diminuindo sua capacidade de sequestro de carbono.
As plantas, especialmente as florestas, são fundamentais no sequestro de carbono por meio da fotossíntese, porém eventos climáticos extremos, como secas e incêndios florestais, aumentam a liberação de CO2. Pastagens e campos, que armazenam carbono principalmente abaixo do solo, são mais resistentes aos eventos extremos.
Avaliar as mudanças nos estoques de carbono devido à gestão da terra é desafiador devido ao tempo necessário e às dificuldades de medição, já que essas mudanças ocorrem ao longo de décadas. Conservar e restaurar esses sumidouros naturais, juntamente com práticas sustentáveis de manejo de florestas e cultivos agrícolas, são cruciais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Referências
PRAJAPATI, Sunil Kumar et al. Carbon Sequestration: A Key Strategy for Climate Change Mitigation towards a Sustainable Future. 2023.
ROY, Poritosh; MOHANTY, Amar K.; MISRA, Manjusri. Prospects of carbon capture, utilization and storage for mitigating climate change. Environmental Science: Advances, v. 2, n. 3, p. 409-423, 2023.
Este artigo foi publicado pela primeira vez no perfil do ILAJUC no Instagram.