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Nota de Caso: Parecer Consultivo do ITLOS sobre Mudanças Climáticas

Resumo

No dia 21 de maio, o Tribunal Internacional do Direito do Mar (ITLOS) emitiu um Parecer Consultivo unânime e histórico sobre mudanças climáticas, em resposta a um pedido da Comissão dos Pequenos Estados Insulares sobre Mudanças Climáticas e Direito Internacional (COSIS).

Esta decisão marca a primeira vez em que um tribunal internacional se pronuncia explicitamente sobre as obrigações legais internacionais dos países de mitigar as mudanças climáticas dentro do âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982 (UNCLOS).

O Tribunal concluiu que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) obriga seus 169 Estados Partes a implementar medidas específicas e concretas para prevenir, reduzir e controlar a poluição marinha causada por emissões de gases do efeito estufa. 

Para ler a nota do caso na íntegra em inglês, clique aqui.

Contexto do Caso: O Impacto das Mudanças Climáticas nos Pequenos Estados Insulares

Os pequenos estados insulares enfrentam uma ameaça existencial por causa das mudanças climáticas, experimentando seus efeitos de forma mais intensa e urgente do que muitas outras regiões. A absorção pelo oceano de 90% do excesso de calor retido pelos gases de efeito estufa leva à acidificação e ao aquecimento gradual dos oceanos, resultando no aumento do nível do mar que ameaça essas nações ao potencialmente submergir áreas de baixa altitude, intensificando a erosão costeira e causando a perda de terras.

Sem medidas de adaptação adequadas, projeções sugerem que certos estados insulares poderiam estar completamente submersos até o final do século devido às atuais tendências de aquecimento. Além disso, o aumento do nível do mar pode contaminar aquíferos de água doce com água salgada, comprometendo o acesso à água potável e irrigação para os habitantes das ilhas, colocando em risco a segurança alimentar e a saúde pública, e potencialmente tornando esses estados inabitáveis.

O aquecimento e a acidificação dos oceanos afetam profundamente a vida marinha, crítica para a biodiversidade e a economia desses estados, com a vulnerabilização dos recifes de coral. A perda de recifes de coral enfraquece a barreira protetora contra ondas e coloca em risco as indústrias de turismo e pesca. Além disso, as mudanças climáticas levam a eventos climáticos extremos, como ciclones tropicais, causando estragos na infraestrutura e deslocando populações¹. Assim, os pequenos estados insulares estão na linha de frente das mudanças climáticas e buscam urgentemente reparação e proteção sob o direito internacional.

O Pedido da COSIS

A Comissão dos Pequenos Estados Insulares sobre Mudanças Climáticas e Direito Internacional (COSIS) é uma organização intergovernamental que compreende pequenos estados insulares do Caribe e do Pacífico. Foi formada em outubro de 2021 por Antígua e Barbuda e Tuvalu como signatários originais, coincidindo com as negociações climáticas das Nações Unidas COP26 em Glasgow.

A COSIS tem como objetivo promover e contribuir para a definição, implementação e desenvolvimento progressivo de regras e princípios do direito internacional relacionados às mudanças climáticas. Isso inclui as obrigações dos estados referentes à proteção e preservação do ambiente marinho e sua responsabilidade por danos decorrentes de atos internacionalmente ilícitos relacionados a tais obrigações².

Em 12 de dezembro de 2022, a COSIS solicitou um parecer consultivo ao Tribunal Internacional do Direito do Mar (em inglês, International Tribunal for the Law of the Sea ou ITLOS) sobre as obrigações dos estados partes nos termos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982 (em inglês, United Nations Convention on the Law of the Sea ou UNCLOS), que fornece a estrutura jurídica que rege o espaço oceânico e as atividades marítimas.

Em seu pedido, a COSIS pediu esclarecimentos sobre as obrigações dos estados partes relativas à prevenção, redução e controle da poluição marinha devido aos efeitos das mudanças climáticas, como o aquecimento dos oceanos, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos causada por emissões de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo homem.

Além disso, pediram esclarecimentos sobre as obrigações dos estados partes relativas à proteção e preservação do ambiente marinho em resposta aos impactos das mudanças climáticas, incluindo o aquecimento dos oceanos, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos. 

Ao longo do processo, 32 estados, a União Europeia e nove organizações intergovernamentais, incluindo a COSIS, a União Africana e a União Internacional para a Conservação da Natureza, apresentaram argumentos sobre as obrigações dos estados nos termos da UNCLOS à luz da crise climática.

Parecer Consultivo do ITLOS

Em 21 de maio de 2024, o Tribunal emitiu um Parecer Consultivo marcante, determinando que as emissões de GEE constituem poluição marinha de acordo com a UNCLOS, e, consequentemente, os estados são obrigados a tomar todas as medidas necessárias para reduzir as suas emissões de GEE ao máximo possível, alinhando-se com a UNCLOS e outras obrigações legais internacionais pertinentes. 

Esta Nota de Caso pretende destacar três conclusões principais do Parecer Consultivo sobre o significado de poluição do ambiente marinho, a obrigação de implementar todas as medidas necessárias e o dever de exercer a devida diligência. 

O significado de poluição marinha 

Uma vez que a UNCLOS não designa explicitamente as emissões de GEE como um poluente distinto, nem faz referência explícita às mudanças climáticas e à acidificação dos oceanos, o Tribunal enfrentou a tarefa preliminar de determinar se as emissões de GEE se enquadram na definição da UNCLOS nos termos do Artigo 1(1)(4) de “poluição do ambiente marinho”. 

Para tanto, o Tribunal teve que avaliar se os três critérios cumulativos que determinam tal poluição são cumpridos; a saber (1) deve haver uma substância ou energia; (2) esta substância ou energia deve ser introduzida pelo homem, direta ou indiretamente, no ambiente marinho; e (3) tal introdução deve resultar ou poderá resultar em efeitos prejudiciais.

Após a sua análise, o Tribunal concluiu que as emissões de GEE geradas pelo homem liberadas na atmosfera – quer sejam de embarcações ou aeronaves, fontes terrestres ou atividades oceânicas – constituem poluição do ambiente marinho nos termos das disposições da Convenção [159-179]. 

Essa determinação foi crucial para estabelecer as obrigações impostas aos estados em relação à poluição marinha, como será discutido a seguir.

A obrigação de tomar todas as medidas necessárias

O Artigo 194(1) da UNCLOS impõe aos estados a obrigação de implementar, individualmente ou em conjunto, conforme apropriado, todas as medidas necessárias para prevenir, reduzir e controlar a poluição do ambiente marinho de qualquer fonte, utilizando para esse fim os meios mais viáveis de que disponham e de conformidade com as suas possibilidades. O Tribunal enfatizou que as medidas necessárias abrangem não apenas ações essenciais para a prevenção, redução e controle da poluição marinha, mas também outras intervenções que facilitem a consecução desse objetivo [203].

No contexto da abordagem dos impactos das mudanças climáticas, essas intervenções são comumente referidas como “medidas de mitigação”, e em seu cerne está a redução das emissões antropogênicas de GEE na atmosfera [205]. O Tribunal destacou que definir essas medidas não significa aceitar quaisquer medidas que os estados considerem necessárias para esse fim. Em vez disso, as medidas necessárias devem ser fundamentadas em uma avaliação objetiva, levando em consideração fatores relevantes [206-207], incluindo: 

  • As melhores provas científicas disponíveis, especialmente as publicações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (em inglês, Intergovernmental Panel on Climate Change ou IPCC), que o Tribunal reconheceu como refletindo “consenso científico” [208]. Quando falta certeza científica, o ITLOS enfatizou a importância de aplicar a abordagem precaucionária e baseada no ecossistema, destacando a necessidade acentuada dessa abordagem para a poluição marinha resultante das emissões antropogênicas de GEE, dados os danos graves e irreversíveis que podem ser causados ao ambiente marinho por essa poluição [213].
  • Regras e padrões internacionais, como os delineados na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (em inglês, United Nations Framework Convention on Climate Change ou UNFCCC) e no Acordo de Paris, que servem como referências cruciais para orientar essas medidas. De particular significância é o objetivo de temperatura global de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido no Acordo de Paris, juntamente com as trajetórias de emissão necessárias para alcançar esse objetivo. No entanto, o Tribunal enfatizou que simplesmente aderir às obrigações e compromissos delineados no Acordo de Paris não seria adequado para cumprir as obrigações sob a UNCLOS. Embora ambos os acordos visem abordar questões ambientais, são tratados distintos com diferentes conjuntos de obrigações. Portanto, o ITLOS enfatizou que a proteção do ambiente marinho, um objetivo central da UNCLOS, exige o cumprimento de suas obrigações, independentemente das delineadas no Acordo de Paris [222-223].
  • Os melhores meios e capacidades disponíveis, ao exercerem sua obrigação nos termos do Artigo 194 da UNCLOS de tomar todas as medidas necessárias para abordar a poluição marinha decorrente das emissões antropogênicas de GEE. Tal flexibilidade reconhece os recursos e capacidades variáveis entre os estados e visa aliviar o fardo daqueles com recursos limitados. No entanto, o Tribunal enfatizou que essa flexibilidade não deve ser usada como desculpa para adiar ou isentar-se de tomar as medidas necessárias [225-226]. O Tribunal esclareceu que os estados com maiores recursos e capacidades são esperados para “assumir a liderança” e empreender esforços mais substanciais em comparação com aqueles com menos recursos, reconhecendo o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades, em linha com o UNFCCC e o Acordo de Paris. No entanto, o Tribunal enfatizou que embora as medidas para reduzir as emissões antropogênicas de GEE que causam poluição marinha possam variar entre estados desenvolvidos e em desenvolvimento, todos os estados são obrigados a empreender esforços de mitigação, independentemente do seu estado de desenvolvimento [227-229] [338-339]. 

A obrigação de exercer a devida diligência 

Ao reafirmar que os estados são obrigados a tomar todas as medidas necessárias para prevenir, reduzir e controlar a poluição marinha, o Tribunal esclareceu que tal obrigação é uma de conduta, exigindo que os estados empreguem seus melhores esforços para alcançar o resultado pretendido, em vez de garantir a prevenção, redução e controle da poluição marinha em todos os momentos [233].

De acordo com o Tribunal, a obrigação de devida diligência, integral a essa exigência, obriga os estados a estabelecer um sistema nacional, incluindo legislação, procedimentos administrativos e um mecanismo de fiscalização necessário para regular as atividades que contribuem para a poluição marinha, e a exercer vigilância adequada para garantir o funcionamento eficaz desse sistema, visando alcançar o objetivo pretendido de mitigar os impactos das mudanças climáticas [232-238]. 

Nesse sentido, o Tribunal esclareceu ainda que o padrão de devida diligência varia dependendo de fatores como conhecimento científico, regras e padrões internacionais e o nível de risco e urgência envolvidos [239]. Especialmente no contexto da poluição marinha causada por emissões antropogênicas de GEE, o Tribunal enfatizou que o padrão de devida diligência deve ser rigoroso devido ao alto risco e gravidade dos danos ao ambiente marinho. Assim, todos os estados devem implementar medidas dentro de suas capacidades [241].

Por fim, o Tribunal destacou a estreita ligação entre a obrigação de devida diligência e a abordagem precaucionária, exigindo que os estados considerem e mitiguem os riscos mesmo na ausência de certeza científica completa [242]. 

A importância do Parecer Consultivo 

O Parecer Consultivo do ITLOS marca um avanço significativo na integração do direito marítimo internacional com a governança climática global. Ele delineia, pela primeira vez, as obrigações dos estados sob a UNCLOS para combater a poluição do ambiente marinho por emissões de GEE e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Servindo como uma referência vital, ele esclarece os formuladores de políticas sobre essas obrigações, moldando futuras negociações climáticas. 

Além disso, o parecer oferece diretrizes legais claras para os tribunais, facilitando a interpretação dos deveres dos estados e a adjudicação de casos relacionados ao clima, especialmente relacionados aos pequenos estados insulares. Ao esclarecer os impactos e responsabilidades climáticas, ele estabelece um precedente para casos futuros e destaca a necessidade de diligência ambiental e políticas de redução de emissões. 

O parecer enfatiza o papel crucial da UNCLOS na abordagem dos desafios climáticos e no avanço da preservação ambiental global. Assim, ele enfatiza a necessidade de avaliar as ações dos estados também de acordo com as diretrizes da UNCLOS e serve como um alerta para a responsabilização internacional caso as obrigações da UNCLOS sejam ignoradas, instando os principais emissores a agirem de forma proativa.

Notas:

  1.  IPCC, 2023: Climate Change 2023: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Core Writing Team, H. Lee and J. Romero (eds.)]. IPCC, Geneva, Switzerland, 184 pp., doi: 10.59327/IPCC/AR6-9789291691647. OHCHR Press Release, Small Island Developing States summit: UN experts urge States and development banks to support endangered islands, 23 de maio de 2024.
  2.  Agreement for the establishment of the Commission of Small Island States on Climate Change and International Law. Edinburgh, 31 de outubro de 2021, Artigo 1 (3).

Notes:

IPCC, 2023: Climate Change 2023: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Core Writing Team, H. Lee and J. Romero (eds.)]. IPCC, Geneva, Switzerland, 184 pp., doi: 10.59327/IPCC/AR6-9789291691647. OHCHR Press Release, Small Island Developing States summit: UN experts urge States and development banks to support endangered islands, May 23, 2024.

Agreement for the establishment of the Commission of Small Island States on Climate Change and International Law. Edinburgh, 31 October 2021, Article 1 (3).

Autora: Natalie Rosen

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Kenia

Reino Unido

La empresa británica Camellia Group es demandada en el Reino Unido por violaciones de derechos humanos cometidas por su filial keniana

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Ilhas Marianas do Norte

Empresas processadas por condições de trabalho degradantes nas Ilhas Marianas do Norte (EUA)

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Zâmbia

Vedanta e subsidiária zambiana são processadas por poluição causada pelas atividades de mineração

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Nigéria

Comunidades Ogale e Bille processam Shell e subsidiária nigeriana por poluição causada por derramamentos de petróleo

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Nigéria

Comunidades Ogale e Bille processam Shell e subsidiária nigeriana por poluição causada por derramamentos de petróleo

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Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Holanda

Brasil

Norsk Hydro e subsidiárias processadas por impacto socioambiental no Pará

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Zâmbia

África do Sul

Crianças e mulheres zambianas processam Anglo-American sul-africana por contaminação por chumbo

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Brasil

Grupo BHP e Vale processadas no Reino Unido pelo rompimento da Barragem de Mariana

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Estados Unidos

Colômbia

Cidadãos colombianos processam Chiquita Brands International por financiar grupos paramilitares

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Brasil

Anglo American deve reassentar comunidades impactadas pelas suas atividades

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Brasil

Comunidades quilombolas de Bocaina e Mocó processam a mineradora britânica Iron Brazil no Reino Unido

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Indonésia

Australia

Formosa Group processada em Taiwan por danos ambientais no Vietnã

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Brasil

Trabalho escravo e condições degradantes de trabalho na cadeia de suprimentos da Zara Brasil

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Indonésia

Australia

PTTEP Australasia processada por derramamento de petróleo da Plataforma Montara

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Brasil

Volkswagen firma acordo para indenizar vítimas da ditadura brasileira

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Reino Unido

Quênia

A britânica Camellia Group processada no Reino Unido por violações de direitos humanos cometidas por sua subsidiária no Quênia

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

Colombia

Wayúu indigenous communities file a legal protection claim against Carbones del Cerrejón to halt the Bruno River Diversion Project

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Place of litigation

Colombia

Wayúu indigenous communities file a legal protection claim against Carbones del Cerrejón to halt the Bruno River Diversion Project

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Ecuador

Furukawa Plantaciones C.A. de Ecuador sued over inhumane working and living conditions

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Ecuador

Furukawa Plantaciones C.A. de Ecuador sued over inhumane working and living conditions

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France

Brazil

Colombia

NGOs sue French Supermarket Chains Casino for illegal deforestation in its supply chain 

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France

Colombia

Brasil

NGOs sue French Supermarket Chains Casino for illegal deforestation in its supply chain 

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United Kingdom

Nigerian

Nigerian Bodo Community sue Shell Petroleum Development Company of Nigeria over damages caused by oil spills

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Paises Baixos

Nigéria

ONG e agricultores nigerianos processam Shell e subsidiária por poluição causada por vazamentos de petróleo

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

França

Brasil

Comissão Pastoral da Terra e Notre Affaire à Tous processam banco francês por financiar empresas de carne envolvidas em danos socioambientais

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

France

Brazil

Pastoral Land Commission and Notre Affaire à Tous sue French Bank for financing meat companies involved in socio-environmental harms

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África do Sul

Zâmbia

Crianças e mulheres zambianas processam Anglo-American sul-africana por contaminação por chumbo

Legenda

Local do incidente

Local do litígio

Colômbia

Comunidades indígenas Wayúu entram com ação contra a Carbones del Cerrejón Limited para interromper o desvio do Rio Bruno

Legenda

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Equador

Furukawa Plantaciones C.A. do Equador é processada por condições de trabalho e vida desumanas

Legenda

Local do incidente

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França

Brasil

Colômbia

ONGs processam
a rede francesa de supermercados Casino por desmatamento ilegal em sua cadeia de suprimentos

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Reino Unido

Nigeria

Comunidade Nigeriana Bodo processa Shell nigeriana por danos causados por derramamentos de óleo

Legenda

Local do incidente

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França

Brasil

Comissão Pastoral da Terra e Notre Affaire à Tous processam banco francês por financiar empresas de carne envolvidas em danos socioambientais

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Brasil

Nigéria

Paises Baixos

Reino Unido

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Vedanta e subsidiária zambiana são processadas por poluição causada pelas atividades de mineração

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Reino Unido

Nigéria

Comunidades Ogale e Bille processam Shell e subsidiária nigeriana por poluição causada por derramamentos de petróleo

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Paises Baixos

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Norsk Hydro e subsidiárias processadas por impacto socioambiental no Pará

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Reino Unido

Brasil

Grupo BHP e Vale processadas no Reino Unido pelo rompimento da Barragem de Mariana

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Reino Unido

Nigéria

Comunidade Nigeriana Bodo processa Shell nigeriana por danos causados por derramamentos de óleo

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Sede das empresas envolvidas

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Estado Unidos

Colômbia

Cidadãos colombianos processam Chiquita Brands International por financiar grupos paramilitares

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Brasil

Anglo American deve reassentar comunidades impactadas pelas suas atividades

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Local do incidente

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Brasil

Reino Unido

Comunidades quilombolas de Bocaina e Mocó processam a mineradora britânica Iron Brazil no Reino Unido

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Local do incidente

Local do litígio

Ilhas Marianas
do Norte

Empresas processadas por condições de trabalho degradantes nas Ilhas Marianas do Norte (EUA)

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Local do incidente

Local do litígio

Taiwan

Vietnã

Formosa Group processada em Taiwan por danos ambientais no Vietnã

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Local do litígio

Austrália

Indonésia

PTTEP Australasia processada por derramamento de petróleo da Plataforma Montara

Legenda

Local do incidente

Local do litígio

Brasil

Volkswagen firma acordo para indenizar vítimas da ditadura brasileira

Legenda

Local do incidente

Local do litígio

Quênia

Reino Unido

A britânica Camellia Group processada no Reino Unido por violações de direitos humanos cometidas por sua subsidiária no Quênia

Legenda

Local do incidente

Local do litígio

Equador

Furukawa Plantaciones C.A. do Equador é processada por condições de trabalho e vida desumanas

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

França

Colômbia

Brasil

ONGs processam a rede francesa de supermercados Casino por desmatamento ilegal em sua cadeia de suprimentos

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito

United Kingdom

Nigerian

Nigerian Bodo Community sue Shell Petroleum Development Company of Nigeria over damages caused by oil spills

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France

Brazil

Pastoral Land Commission and Notre Affaire à Tous sue French Bank for financing meat companies involved in socio-environmental harms

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Brasil

Volkswagen firma acuerdo para indemnizar a víctimas de la dictadura brasileña

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Lugar del litigio

Nigeria

Paises Baixos

Brazil

Volkswagen settles to pay victims of Brazil dictatorship

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Kenya

United Kingdom

The British Camellia Group is sued in the UK for human rights abuses committed by its Kenyan subsidiary

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United Kingdom

Kenya

The British Camellia Group is sued in the UK for human rights abuses committed by its Kenyan subsidiary

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Colombia

Comunidades indígenas Wayúu presentan acción de tutela contra Carbones del Cerrejón para frenar proyecto trasvase del río Bruno

Subtítulos

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Equador

Demandan a Furukawa Plantaciones C.A. de Ecuador por condiciones de vida y trabajo inhumanas

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Francia

Brasil

Colombia

ONG demandan a cadena de supermercados francesa Casino por deforestación ilegal en su cadena de suministro

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Reino Unido

Nigeria

La comunidad nigeriana de Bodo demanda a la empresa nigeriana Shell por los daños causados ​​por el derrame de petróleo

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Francia

Brasil

La Comisión Pastoril de Tierras y Notre Affaire à Tous demandan a un banco francés por financiar a empresas cárnicas implicadas en daños socioambientales

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Brasil

Reino Unido

Zambia

Demandan a Vedanta y a su filial zambiana por contaminación causada por actividades mineras

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Indonesia

Australia

Indonesian farmers sue PTTEP Australasia for pollution caused by the Montara oil spill

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Reino Unido

Nigeria

Las comunidades de Ogale y Bille demandan a Shell y a su filial nigeriana por la contaminación causada por el derrame de petróleo

Subtítulo

Ubicación del incidente

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Paises Baixos

Brasil

Norsk Hydro y filiales demandadas por impacto socioambiental en Pará

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Sudáfrica

Zambia

Niños y mujeres de Zambia demandan a empresa sudafricana angloamericana por contaminación con plomo

Subtítulo

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Reino Unido

Brasil

BHP Group y Vale demandados en Reino Unido por el colapso de la presa de Mariana

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Estado Unidos

Colombia

Ciudadanos colombianos demandan a Chiquita Brands International por financiar grupos paramilitares

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Brasil

Anglo American debe reubicar comunidades impactadas por sus actividades

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Brasil

Reino Unido

Comunidades quilombolas de Bocaina y Mocó demandan a minera británica Iron Brazil en Reino Unido

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Islas Marianas
del Norte

Demandan a empresas por degradantes condiciones laborales en Islas Marianas del Norte (EE.UU.)

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Taiwán

Vietnam

Formosa Group processada em Taiwan por danos ambientais no Vietnã

Subtítulo

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Lugar del litigio

Australia

Indonesia

Demandan a PTTEP Australasia por el derrame de petróleo en Montara

Subtítulo

Ubicación del incidente

Lugar del litigio

Brazil

Volkswagen settles to pay victims of Brazil dictatorship

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Incident location

Location of conflict

Australia

Indonesia

Indonesian farmers sue PTTEP Australasia for pollution caused by the Montara oil spill

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Incident location

Incident location

Brazil

Zambia

South Africa

Zambian children and women sue Anglo-American South Africa Limited over lead contamination

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Brazil

Slave labour and indecent work conditions in Zara Brasil supply chain

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Place of litigation

Nigeria

Netherlands

Netherlands

Nigeria

Nigerian farmers and Milieudefensie sue Royal Dutch Shell and Shell Petroleum Development Company of Nigeria for pollution caused by oil spills

Legenda

Incident location

Location of conflict

United Kingdom

Zambia

Zambian citizens sue Vedanta Resources plc and Konkola Copper Mines plc for pollution caused by mining operations

Subtitles

Incident location

Location of conflict

United Kingdom

Zambia

Zambian citizens sue Vedanta Resources plc and Konkola Copper Mines plc for pollution caused by mining operations

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Incident location

Location of conflict

United Kingdom

Nigeria

Nigerian communities of Ogale and Bille sue Royal Dutch Shell Plc and Shell Petroleum Development Company of Nigeria Ltd for pollution caused by oil spills

Subtitles

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Location of conflict

United Kingdom

Nigeria

Nigerian communities of Ogale and Bille sue Royal Dutch Shell Plc and Shell Petroleum Development Company of Nigeria Ltd for pollution caused by oil spills

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Incident location

Location of conflict

Netherlands

Brazil

Norsk Hydro and subsidiaries sued for socio-environmental harm in Pará, Brazil

Subtitles

Incident location

Location of conflict

Netherlands

Brazil

Norsk Hydro and subsidiaries sued for socio-environmental harm in Pará, Brazil

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Incident location

Location of conflict

South Africa

Zambia

Zambian children and women sue Anglo-American South Africa Limited over lead contamination

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Incident location

Location of conflict

United Kingdom

Brazil

Brazilian victims of the Mariana dam collapse disaster sue BHP Group (UK) LTD, BHP Group LTD, and Vale SA

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Taiwan

Vietnam

Vietnamese victims sue Formosa Group for damages caused by toxic waste and ocean pollution

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Incident location

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United Kingdom

Brazil

Brazilian victims of the Mariana dam collapse disaster sue BHP Group (UK) LTD, BHP Group LTD, and Vale SA

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United States

Colombia

Colombian citizens sue Chiquita Brands International for financing paramilitary groups in Colombia

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United States

Colombia

Colombian citizens sue Chiquita Brands International for financing paramilitary groups in Colombia

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Incident location

Location of conflict

Brazil

Anglo American Must Resettle Communities Affected by Its Activities

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Brazil

Anglo American Must Resettle Communities Affected by Its Activities

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Location of conflict

Brazil

United Kingdom

Quilombola communities of Bocaina and Mocó sue British mining company Iron Brazil in the United Kingdom

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United Kingdom

Brazil

Quilombola communities of Bocaina and Mocó sue British mining company Iron Brazil in the United Kingdom

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Northern Mariana Islands

Chinese construction workers sue Imperial Pacific International (CNMI), LLC and others over forced labour

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Northern Mariana Islands

Chinese construction workers sue Imperial Pacific International (CNMI), LLC and others over forced labour

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Taiwan

Vietnam

Vietnamese victims sue Formosa Group for damages caused by toxic waste and ocean pollution

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Colômbia

Comunidades indígenas Wayúu entram com ação contra a Carbones del Cerrejón Limited para interromper o desvio do Rio Bruno

Legenda

Sede das empresas envolvidas

Local do conflito